A Língua Anatômica

Rodson Ricardo do Nascimento

A língua humana é uma característica evidente que diferencia a nossa espécie dos outros animais. Existem, segundo a Sociedade de Linguística Norteamericana, mais de 7 mil idiomas no mundo atualmente. Qual dessas línguas seria a mais antiga? Sumério, egípcio, sânscrito, chinês, armênio, hebraico? O debate continua sobre quais línguas podem reivindicar ter a origem mais antiga. Muitos linguistas defendem que que a maioria das línguas remonta a uma língua humana original e universal. O hebraico é uma das línguas antigas ao lado do árabe e armênio.

Mas existe uma língua antiga, falada por um dos povos pigmeus que se destaca por sua originalidade: sua gramática é baseada inteiramente no corpo humano. Toda a estrutura linguística desse idioma se fundamenta na Anatomia: como morfemas que designam diferentes zonas do corpo. O nome dessa língua é Andamanês, falada pelos andamaneses, os habitantes originais das Ilhas Andamão, um território indiano na baía de Bengala.

Os andamaneses são semelhantes aos outros povos do Sudeste Asiático são pigmeus que viveram como caçadores – coletores substancialmente isolados durante milhares de anos.

No Grande Andamanês, as palavras derivavam de sete zonas do corpo (boca, perna, cabeça, órgãos externos etc.) e são anexadas a uma palavra raiz, geralmente como um prefixo, a fim de descrever conceitos como “interior”, “externo”, “superior” e “inferior”.

Mais detalhes sobre essa fantástica história podem ser enconttrados no artigo a seguir:
https://www.scientificamerican.com/article/this-ancient-language-has-the-only-grammar-based-entirely-on-the-human-body/

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