Resumo Prático: Sistema Nervoso Autônomo

Thiago Barbosa do Nascimento

Muitos se questionam sobre o que se pode observar nas aulas práticas envolvendo o Sistema Nervoso Autônomo (SNA)… A bem da verdade, muitas instituições não possuem estruturas do SNA em seu acervo ou não apresentam carga horária destinada a tal tópico. Mas caso tenham, o que poderia ou deveria ser identificado mesmo? Bem, desenvolvemos uma lista de verbetes abaixo que poderia ser de interesse para os estudantes de Anatomia Humana. Trata-se de uma lista expandida que deve ser entendida como um roteiro para a aula prática.

Sistema Nervoso Simpático

O Sistema nervoso Simpático se origina a partir dos segmentos medulares que vão de T1 à L2.

Ramos Comunicantes Brancos: Constituídos por fibras pré-ganglionares e fibras viscerais aferentes, ligam a medula espinal ao tronco simpático.

Troncos Simpáticos: Formados por uma cadeia de gânglios unidos através de ramos interganglionares, se estendendo de cada lado da base do crânio até o cóccix, onde se unem com o do lado oposto.

Gânglios Paravertebrais: Gânglios do tronco simpático que se dispõem de cada lado da coluna vertebral.

Gânglios Simpáticos

Gânglios Celíacos (direito e esquerdo): Situam-se ventralmente à aorta abdominal, junto à origem do tronco celíaco.

Gânglios Aórticorrenais: Encontram-se abaixo dos gânglios celíacos, ao nível da origem das artérias renais.

Gânglio Mesentérico Superior: Situado junto à origem da artéria mesentérica superior.

Gânglio Mesentérico Inferior: Situado junto à origem da artéria mesentérica inferior.

Gânglio Cervical Superior: Situa-se ao nível dos processos transversos da II e III vértebras cervicais, posteriormente à a. carótida interna.

Gânglio Cervical Médio: Localiza-se à altura da 6ª vértebra cervical.

Gânglio Cervicotorácico (ou estrelado): Situa-se à altura do processo transverso da última vértebra cervical, atrás da origem da a. vertebral.

Gânglios Torácicos: Estão justapostos à coluna vertebral, sendo recobertos pela pleura parietal e se interligando através de ramos interganglionares.

Nervo Esplâncnico Maior: Tem trajeto descendente, atravessando o diafragma entre os pilares medial e lateral, e terminando no gânglio celíaco.

Nervo Esplâncnico Menor: Trajeto semelhante ao do nervo esplâncnico maior, atrevessando o diafragma entre os pilares medial e lateral, terminando no gânglio aórtico-renal.

Nervo Esplâncnico Imo: Emerge dos últimos gânglios torácicos, atravessa o diafragma junto com o tronco simpático e termina no plexo renal.

Gânglios Lombares: Em número de 3 a 5, dispõem-se ao longo da margem medial do m. psoas maior.

Gânglios Sacrais: Em número de 4 a 5, situam-se ventralmente ao osso sacro, e convergem com os do lado oposto, no gânglio ímpar.

Gânglios Parassimpáticos

Gânglio Ciliar: Anexo ao nervo oculomotor,  o III par craniano.

Gânglio Pterigopalatino (esfenopalatino): Anexo aos nervos intermédio e facial.

Gânglio Ótico: Anexo ao nervo glossofaríngeo, o IX par craniano.

Gânglio Submandibular: Anexo ao nervo trigêmeo, porém, relacionado funcionalmente aos nervos intermédio e facial.

Plexo Submucoso e Mioentérico: Localizados nas paredes do tubo digestório, recebem fibras pré-ganglionares do n. vago e dão fibras pós-ganglionares para as vísceras onde estão situados.  

Nervos Esplâncnicos Pélvicos: Origem em fibras pré-ganglionares provenientes das raízes ventrais dos n. sacrais, chegando às vísceras pélvicas através destes, fazendo sinapse com as fibras pós-ganglionares aí localizadas.

Plexos Viscerais

Plexo Cardíaco: Rede de anastomoses dos nervos cardíacos após convergirem para a base do coração e emitirem ramificações.

Plexos Pulmonar e Esofágico: As fibras parassimpáticas se originam do n. vago, e se dirigem à gânglios localizados na região torácica (próxima aos pulmões e esôfago). E as fibras simpáticas saem dos 3 gânglios cervicais e dos 6 primeiros torácicos.

Plexo Cardíaco: Situa-se na base do coração, sendo formado pelos nn. cervicais cardíacos superior, médio e inferior; pelos ramos cardíacos do tronco simpático e por fibras do n.vago e X par craniano.

Plexo Celíaco: Origina-se na parte profunda da região epigástrica, à frente da aorta abdominal e dos pilares diafragmáticos, na altura do tronco celíaco.

Plexo Hipogástrico: Inerva vísceras pélvicas; formado pelos chamados nn. pré-sacrais, oriundos do plexo aórtico-abdominal e dos gânglios lombares do tronco simpático.

1) Plexo Hipogástrico Superior: Situa-se à frrente do promontório e das vv. ilíacas comuns, entre as aa. Ilíacas comuns. Inerva grandes vasos e seus ramos.

2) Plexo Hipogástrico Inferior: Justapõe-se ao intestino reto e, pela face súpero-medial do m. elevador do ânus se espande, no homem, sob o fundo da bexiga, e na mulher, à parte superior e posterior da vagina até a base do ligamento largo.

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