Vez por outra somos acometidos pela coriza, aquela situação incômoda em que o nariz fica escorrendo frente a algumas condições infecciosas ou ambientais que causam irritação. Na verdade, trata-se de um mecanismo natural do corpo a fim de eliminar partículas indesejadas nos órgãos respiratórios, notadamente nas cavidades nasais. Mas como a coriza ocorre? Bem, existem dois mecanismos fisiológicos principais.

O primeiro envolve a própria produção de muco. Como é sabido, o muco é uma substância viscosa produzida pela mucosa nasal que tem como objetivo manter as vias aéreas úmidas e protegê-las contra partículas estranhas, como poeira e bactérias. Quando micro-organismos, substâncias alérgenas e poluntes irritam a mucosa nasal, esta aumenta a produção de muco, o que causa a coriza.

Concomitantemente, uma resposta inflamatória da mucosa nasal frente a alergia ou infecção promove a sua vasodilatação, quando os vasos sanguíneos então se dilatam. Isto ocorre pela liberação de vasodilatadores como a histamina. Assim, a dilatação dos vasos sanguíneos aumenta o fluxo de sangue para a área, causando inchaço e vermelhidão. Como o aluno de anatomia humana bem sabe, a presença das conchas nasais aumenta a área de superfície de contato da mucosa nasal com o ar, que avança para o interior do nariz em turbilhão. Com o inchaço da mucosa que envolve as conchas nasais, temos intensificada aquela sensação de congestão nasal.

A coriza tende a ser clara e hialina. Por outro lado, o catarro, um tipo de muco bem mais espesso e de coloração variada, pode se formar em decorrência da continuidade da infecção e da exposição a agentes irritantes e alérgenos. Ainda, o catarro também pode surgir a partir de características individuais e da desidratação. Nesse caso, hidratar-se ou mesmo utilizar um umidificador do ar pode ser indicado a fim de tornar o muco mais fino, e, por conszeguinte, facilitar sua eliminação.