
A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo e cerca de 3,8% da população mundial a consumiram no ano passado. Não obstante ser considerada inócua ou mesmo benéfica por muitos incautos e acadêmicos, os quais aproveitam-se de seu potencial medicinal para certas condições clínicas a fim de fomentar seu consumo, a maconha está associada a diversas patologias e/ou disfunções do corpo humano.
Um novo trabalho publicado pelo periódico JAMA Psychiatry elucida os efeitos do consumo da maconha em sintomas depressivos e desordens de humor em adultos jovens. A partir de uma revisão sistemática e análises longitudinais prospectivas que observaram dados de cerca de 23 mil adolescentes que utilizaram a droga, observou-se o risco de ansiedade, depressão e tendência ao suicídio quando tais indivíduos adentraram no início da fase adulta (18 e 32 anos).
Os resultados demonstraram um risco 37% maior de desenvolvimento da depressão na fase adulta, 50% maior na ideia do suicídio bem como 300% maior de tentativa de suicídio na fase adulta. Não houve associação entre uso de maconha e desenvolvimento de ansiedade.
Diante de tais dados que se acumulam com diversos outros problemas atribuídos ao consumo da maconha, os autores enfatizaram que o consumo de maconha é um grande problema para a saúde e estratégias públicas devem prevenir o uso da droga, especialmente durante a adolescência.