
Em tempos de pandemia por SARS-CoV-2, os testes por RT-PCR (do inglês real-time reverse transcriptase polymerase chain reaction) representam um meio efetivo para o diagnóstico, pois podem detectar fragmentos de RNA viral. Considerando que a doença geralmente se inicia no trato respiratório superior e que se expande posteriormente para o trato inferior, a coleta por swab – um cotonete adaptado para a coleta de secreção – é um procedimento corriqueiramente realizado para detectação do contágio e para planejamento de metas e ações durante o período. Essa coleta ocorre principalmente por volta do terceiro ao sétimo dia de início dos sintomas, os quais podem envolver febre, tosse, dispneia, dor de cabeça, mialgia, fadiga; entre tantos outros ou nenhum!
Para a realização da coleta nasal, o paciente (adulto) deve estender a cabeça / pescoço em aproximadamente 70 graus. O profissional deve introduzir o swab pela narina do paciente até sentir certa resistência ou perceber que tenha atingido a metade da distância entre a narina e a orelha. A haste do swab é gentilmente rodada, mantida por alguns segundos e retirada a fim de que recolha a maior quantidade de secreção da parte nasal da faringe. Em um tubo estéril, o material será refrigerado até a testagem por RT-PCR.
Obviamente, trata-se de um procedimento incômodo já que que se trata de uma região bastante sensível e vascularizada. Para crianças, existe a possibilidade de uma coleta menos invasiva na cavidade nasal, próximo à concha nasal média; procedimento que também é mais seguro para o coletador por minimizar a chance de tosse ou espirro e consequente contaminação. Por outro lado, a coleta pela parte oral da faringe é mais simples, e basta o paciente abrir a boca e mostrar a língua enquanto se introduz o swab no local.
Referência:
Martinez, R.M. Clinical Samples for SARS-CoV-2 Detection: Review of the Early Literature. Clinical Microbiology Newsletter. Volume 42, Issue 15, 1 August 2020, Pages 121-12.