
O crescimento durante a infância não ocorre de forma constante, existindo fases de maior ou menor velocidade de crescimento. Esta pode ser influenciada pela interação de fatores genéticos e ambientais, assim como outras variáveis como o status nutricional do indivíduo, atividade física e sono.
Geralmente, a partir do primeiro ano de vida, há uma desaceleração na velocidade de crescimento, e a criança tende a crescer menos até o terceiro ano de vida. Logo após, ela tende a apresentar um ganho de estatura mais estável até a chegada da fase da puberdade. O fenômeno chamado de estirão de crescimento acontece mais tardiamente nos meninos se comparado às meninas, com cerca de dois anos de diferença. Assim, o aumento da taxa de crescimento no sexo feminino acontece ao início da puberdade, enquanto o aumento dessa taxa no sexo masculino inicia-se ao final da puberdade. Mas afinal, o que é o estirão de crescimento?
Esse evento é marcado pela interação entre os hormônios gonadais e adrenais com o hormônio do crescimento, o que promove um período com aumento de 20% na estatura final do indivíduo. Durante o estirão, os meninos alcançam uma velocidade de crescimento entre 10 a 12 cm/ano; enquanto as meninas, entre 8 a 10 cm/ano. Assim, uma boa nutrição e boas noites de sono são essenciais, pois incrementam o crescimento no período, uma vez que o hormônio de crescimento (GH) é liberado na fase IV do sono.
Além disso, há uma fórmula matemática a qual avalia a herança genética (altura dos pais) para se projetar uma faixa de estatura-alvo em cm (Tanner, 1986):
Meninos = [estatura paterna + (estatura materna + 13)] / 2 + 8,5.
Meninas = [(estatura paterna – 13) + estatura materna] / 2 + 8,5.
Referências
Tanner JM (1986). The use and abuse of growth standards. In: Falkner F & Tanner JM (eds.) Human Growth. Vol. 3, 2ª ed., p.95-112.