As termas dos antigos romanos

É curioso observar que a leitura pode nos despertar interesses e paixões por assuntos até então desconhecidos ou pouco explorados. Por exemplo, foi ao ler o livro infantil “Minimus – Conhecendo o Latim”, de Barabara Bell, que me interessei pela história dos banhos públicos romanos. Antes de mais nada, é preciso entender que o “ritual” de frequentar casas de banho na antiga Roma, atividade realizada principalmente pelos menos abastados (que não tinham água encanada em seus domicílios), era voltada para o tratamento de doenças como artrite e reumatismos, para a higiene e limpeza da pele, como também consistia em uma importante atividade social e política.

Havia uma sequência lógica durante as visitas aos banhos públicos, os quais possuíam diversas câmaras para cada atividade. É importante citar que essas “termas” possuíam entradas distintas para homens, mulheres e escravos. No local, após uma série de atividades físicas leves na palaestra (uma espécie de pátio central que também posia localizar-se externamente), o banhista despia-se e deixava sua túnica guardada no vestiário, o chamado apodyterium. De lá, seguia então para o tepidarium, local inicial onde se deitava em bancos e usufruia de um banho morno, antes de dirigir-se para os banhos quentes e de vapor no caldarium. Neste local, o banhista repousava num tanque redondo ou quadrangular, contendo água quente em até 50-55.C; enquanto seus servos passavam óleo em seu corpo e o raspavam, retirando, assim, a sujeira da pele. Finalmente, a etapa final do banho público incluía a imersão em banho frio no frigidarium, que podia ser bastante grande e incluir piscinas. Algumas lojas próximas – as tabernae – podiam vender alimentos e bebidas para os frequentadores dos banhos.

Como se pode imaginar, era uma demorada atividade higiênica e social, a qual representava o modo de vida, muitas vezes baseado no ócio, dos antigos romanos. Os resquícios desses banhos são impressionates. Imagens das termas de Bath, na Ingaterra, ilustram esse texto!

Referência:

Barbara Bell. Minimus – Conhecendo o Latim. Editora Filocalia, 1999.

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